quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Como a Fenix que ressurge das cinzas...



...cá estou eu novamente! Não, eu não morri. Mas estou extremamente sem tempo pra qualquer coisa.
Paro com as minhas atividades dia 17 dezembro e até lá to trabalhando dobrado. Minha banca da monografia é mais ou menos nessa data também. Então imaginem como eu ando com a cabeça.
No alto das passadas 25 semanas de gestação, muitas coisas mudaram, a começar pelo meu humor. Agora eu sou eu mesma de novo, para nooooooooossa alegria. A fase demente passou. Tô mais apegada com Marido do que nunca (mesmo ele reclamando que eu sou avoada e não dou a devida atenção que ele merece).
Só que como eu voltei a ser gente, lógico que algo tinha que vir pra compensar a boa fase, né? Azia, azia, azia. Parece que tem ácido sulfúrico no meu estomago... Aí ele extravasa pro esôfago, me dá náusea e invariavelmente sai pela boca.  Tenho que ter cuidado redobrado com o que como, quanto como e de quanto em quanto tempo pra tentar evitar o desconforto. Não tem nada muito certo, mas estou tentando.
Semana passada me rendi a auricoloterapia. É uma técnica de acupuntura, só que os pontos estimulados são somente os da orelha. Implantei na quinta passada e tirei terça-feira (ontem). Enquanto eu estava com as agulhinhas na orelha, parece que tiraram minha azia e dores nas costas com as mãos. Hoje, começou tudo de novo. Nunca fui muito crente dessas técnicas, mas agora to precisando urgentemente de uma fisioterapeuta amiga disposta a acabar com o meu sofrimento por um precinho bem bacana.
Minha barriga quadruplicou. Tô disforme. Esses dias vesti uma camiseta branca com um colete preto por cima e quase chorei a hora que me vi no espelho. Tava igualzinha o Pinguim do Batman, só que um pouco pior. Em razão disso, não enxergo mais minha coleguinha (muito menos o Marido). Como eu não enxergo e também não estou usando, nem imagino como deve estar a situação na região sul do meu corpo.
Mas agora to aproveitando as partes boas em ser barriguda. Aonde eu vou surgem lugares para sentar, não enfrento filas e sou poupada em algumas situações. E que atire a primeira pedra a grávida que nunca tirou um proveitinho da situação.
Também troquei de obstetra, desisti do parto normal, fiz algumas ecografias e minha filhota parece um feto de elefante: grande demais, gorda demais, linda demais. Sim, é uma menina. Quase surtei no inicio. Agora já não me imagino mais mãe de menino. Tudo o que eu olho é de florzinha, fadinha, frufruzinho e afins.
Com o crescimento da barriga a percepção muda. Parece que cada dia que passa é mais palpável a percepção da maternidade. Cada pontapé que a Isadora me dá é um lembrete. “Olha, mamãe. Se agiliza aí que eu to quase chegando e quero tudo pronto.” Como eu sou indecisa por natureza e só funciono sob grande pressão, finalmente decidi qual quarto da casa será destinado a ela, que não quero cama auxiliar e só o berço, cômoda e guarda-roupas. Decidi que a decoração será provençal, com flores onde for possível e que o kit de berço será bordado com brasão e o nome dela. Ainda estou indecisa sobre o papel de parede, mas logo eu resolvo. Já é um grande avanço eu ter decidido o tema do quarto.
Também a medida que a barriga cresce, aumenta a ansiedade. Ansiedade quando ela passa muito tempo sem mexer, ansiedade pela próxima ecografia e ansiedade principalmente para que chegue o dia do nascimento. Fico imaginando como vai ser o rostinho e tomara deus que ela saia com o nariz do pai.
Como resumir a fase em que eu me encontro agora? De plenitude. Nunca imaginei que eu pudesse estar tão bem e feliz.  Pensei que a troglodita de uns meses atrás nunca mais fosse embora. A humanidade agradece.
Daqui uns dias eu posto uma foto diretamente intra-útero pra vocês verem como ela é linda, mesmo em preto e branco. E prometo que não estarei mais tão ausente assim.